terça-feira, 23 de agosto de 2011

Nova linha do Metrô em SP abre espaços comerciais

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Em São Paulo, a nova linha do metrô abre espaços comerciais. Hoje, ter uma loja instalada numa estação significa ter ponto estratégico para um público alvo definido. Os passageiros, na maioria das vezes, compram por impulso.

São 3,7 milhões de usuários por dia no metrô de São Paulo. Montar um pequeno negócio no local é a chance de começar pensando grande. Afinal, esse é ou não o sonho de qualquer empresário: um exército de consumidores em frente da loja, fazendo fila para comprar?

O metrô de São Paulo tem hoje 62 estações. Nelas, há negócios de todos os tamanhos e tipos. Vendem roupas, livros, bijuterias, relógios, sapatos e lanches rápidos. “Essas lojinhas estão em um ponto estratégico. A gente chega de metrô, vai pegar o ônibus, para para um lanchinho rápido, né?”, diz Cinthia Bettoi Pais, professora.

Mas nem sempre consumidor passando na frente é igual a venda. É preciso dar um empurrãozinho para ele entrar. A dica de uma loja de bolsas e sapatos é pendurar produtos bem na frente e caprichar na iluminação da vitrine.

Quem quiser ter um negócio no metrô precisa participar de uma licitação pública. Os editais são publicados pelos jornais de grande circulação, no Diário Oficial Empresarial e no site www.metro.sp.gov.br.

A proposta a ser encaminhada deve partir dos preços mínimos estabelecidos pelo metrô. Os aluguéis variam, conforme o tamanho do espaço e a estação. Uma pequena máquina de autoatendimento paga a partir de R$ 800 por mês. Uma loja de quatro metros quadrados custa a partir de R$ 2.100.

O metrô recebe as propostas lacradas e faz a abertura em data marcada, na presença dos interessados. É como um leilão, ganha quem oferece o maior valor. “E esse aluguel é versátil. A pessoa pode participar de uma licitação, e assinar um contrato de dois anos, renováveis por mais dois anos. Mas ela também pode obter uma carta de autorização de uso para ficar um mês, às vezes até 24 horas para fazer algum evento numa estação”, afirma Sérgio Avelleda, presidente do Metrô.

Mas para a nova linha Amarela, que está sendo inaugurada, não há necessidade de licitação. A negociação é direta com a concessionária do percurso, a Via Quatro. A preferência é por produtos práticos e baratos.

“Então é um negócio que seja de rápido acesso, semi-pronto. Então um pão de queijo, um café. Também pode ser uma revista, um livro ou algo que permita ele deixar de manhã e pegar de tarde, exemplo de lava roupa, fazer ajuste em uma determinada roupa, concertar um sapato, coisa dessa natureza”, afirma Luis Valença, diretor da Via Quatro.

Quem já montou um negócio no metrô, nem pensa em sair. Uma loja de noivas, por exemplo, apostou com tudo no espaço. De um lado, a loja fica em frente a uma rua. Dentro, continua por toda a estação. Na verdade, a empresa alugou e uniu cinco lojas numa só, e fez uma das maiores vitrines que já se viu no metro. São 30 metros quadrados de extensão, até chegar ao outro lado da estação, que dá para outra rua. É visibilidade para todos os lados, e a empresa não precisa nem fazer muita propaganda do negócio, é só caprichar na vitrine, que consumidor passando e olhando, tem o dia inteiro.

O empresário Caio Capelletti montou a loja de noivas em 2005. Ele mostra que o campo de visão é estratégico. “Nove a cada dez pessoas que sobem as escadas viram à direita, e aí elas tem a visão da minha vitrine. Um ponto totalmente estratégico”, diz.

Com a loja no metrô, o empresário fez um golaço nos concorrentes que ficam numa famosa rua de noivas a três quarteirões do local. “Com essa loja, nós somos os primeiros a poder mostrar nossa qualidade e nosso produto para as noivas”, diz. A loja fatura R$ 90 mil por mês.

“A gente já desce do metrô e já tem acesso à loja, não precisa procurar estacionamento nem precisa vir de carro porque o metrô facilita”, diz a consumidora Rosana Pereira da Silva.

Também é possível alugar espaços inteiros na rua, que ficam do lado da estação e pertencem ao metrô. É o caso da estação República, no centro, onde a empresária Cinthia Capela montou uma loja de bijuteria. Cyntia paga aluguel alto, de R$ 8.530 por mês, mas garante que vale a pena. “Você tem uma garantia muito alta de retorno de investimento, porque gente passando na frente da sua loja você vai ter sempre”, diz.

Segundo a empresária, o publico de metrô tem pressa. Por isso, ela investe em atendimento. A loja tem cinco funcionárias treinadas para atender com rapidez. “Você tem que investir muito em qualidade de atendimento, em rapidez de atendimento, porque senão a pessoa desiste da compra, mesmo porque ela vai comprar ou indo para o trabalho, ou voltando, ou na hora de almoço”, diz.

Hoje, o metrô de São Paulo tem 81 lojas abertas. Até 2014, serão inaugurados mais 200 pontos comerciais em novas estações. Oportunidade para bons negócios com público certo.

Fonte: PEGN

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